Muitas pessoas acreditam que aquelas antiestéticas manchas marrons nas mãos só aparecem depois dos 50 ou 60 anos. As temidas manchas senis. Ledo engano, os jovens também podem desenvolver esse tipo de melasma. Eles são conhecidos como lentigossenis ou melanose solar.
De modo geral, esse tipo de lesão aparece nas áreas expostas ao sol. A região mais atingida freqüentemente é a do dorso das mãos, embora, de acordo com a dermatologista Dóris Hexsel, a face, os antebraços, o dorso e a região do colo também possam ser afetados, em maior ou menor grau.
Mas, que ninguém se espante ou se preocupe. Esse tipo de mancha não significa indício de câncer de pele ou de outra doença mais séria. A melanose é uma lesão benigna, ou seja, não apresenta qualquer tipo de risco para a pessoa. O problema acaba sendo puramente estético.Lesão feia
No artigo Clinical comparative study between cryoterapy and local dermabrasion for the treatment of solar lentigo of back of hands (Estudo clínico comparativo entre crioterapia e dermoabrasão para o tratamento de lentigo solar no dorso das mãos) publicado na edição de maio da Dermatologic Surgery, revista de cirurgia dermatológica dos Estados Unidos, Doris Hexsel explica que o lentigo é uma dermatose bem mais comum do que imaginamos e que não apresenta problemas. Ela se manifesta por máculas pigmentadas que variam de poucos milímetros a um centímetro ou até mais de diâmetro. A aparência das mãos se torna mais feia quando as lesões se emendam umas nas outras, daí, a mancha pode chegar a ter até cinco centímetros de diâmetro.Mas não há uma regra geral para definir as características aparentes da melanose. “Sua coloração pode ser uniforme ou não, variando do amarelo-claro ao castanho-escuro. De modo geral, a forma delas varia entre redonda ou oval, apresentando ainda bordas levemente irregulares”, diz a médica.
Tratamento sem dor
Doris conta que as manchas no dorso das mãos costumam aparecer após os 40 anos mais ou menos. E são denominadas lentigo senil. “Essas manchas aparecem em ambos os sexos. É uma lesão benigna e não costuma sofrer degeneração maligna”, diz. O tratamento se dá por motivos estéticos e, por isso mesmo, costumam ser freqüentes os casos nos consultórios dermatológicos.
Na busca de um tratamento eficaz para essas hipermelanoses ou lesões hiperpigmentadas, muitos tratamentos foram tentados, especialmente com agentes despigmentantes. Mas, segundo ela, os tratamentos mais efetivos têm sido aqueles que dependem de aplicações feitas nos consultório com nitrogênio liquido (criocirurgia), ácidos (peelings químicos), dermoabrasão (lixamento superficial) e lasers.
Melhor prevenir do que remediar.
A escolha do método adequado vai depender do tipo de problema da pessoa e também das características da pele. Mas, qualquer que seja o tratamento escolhido, é importante que se tome os cuidados necessários no local até a completa cicatrização, sobretudo para evitar uma infecção.
“É essencial usar fotoprotetores, de preferência com fator alto de proteção solar, após qualquer tipo de tratamento. Essa medida pode prevenir que a mancha retorne”, alerta a dermatologista. Ela diz que a chance de a mancha voltar é grande se a pessoa toma sol no local após o tratamento e não se preocupa em usar filtro solar. Portanto, como diz o ditado, melhor prevenir do que remediar. Ainda mais, em se tratando de uma segunda vez.
*Por Cláudia Ramos, da equipe de jornalistas do Planetavida
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